Perguntas frequentes: tudo sobre o Ácido Glioxílico

A Inoar separou as principais dúvidas que rodeiam o uso do ácido glioxílico. Esse ácido, que ainda não é regulamentado pela ANVISA para uso como alisante no Brasil, revolucionou à cosmética capilar e beneficiará em muito à indústria nacional, de diferentes portes. Confira as principais dúvidas sobre o ácido:

  1. O QUE É ÁCIDO GLIOXÍLICO?

O ácido glioxílico ou ácido formilfórmico é um ácido orgânico. Vem sendo muito utilizado pela indústria cosmética em substituição ao formaldeído nas progressivas. Além de ser usado em cosméticos com a função de ajuste de tamponante de pH.

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Fórmula: C2H2O3

Massa molar: 74,03548 g/mol

Ponto de ebulição: 111 °C

Ponto de fusão: 80 °C

 

  1. O ÁCIDO GLIOXÍLICO LIBERA FORMOL?

Não. O ativo é utilizado como substituto do mesmo em produtos cosméticos há mais de 5 anos.

Para que, de fato, haja liberação de formol é preciso que a prancha térmica aqueça a uma temperatura igual ou superior a 500ºC e esteja em um ambiente sem presença de oxigênio. Só que a prancha térmica, geralmente, trabalha entre 180°C e 230°C, ou seja, não há como liberar formol. O ácido em sua maioria não é submetido ao calor da prancha ou secador, o produto é totalmente enxaguado para só depois ser escovado e pranchado, nesta ocasião, o que restaria do produto após o enxágue seriam traços de moléculas do ácido que ficam aderidos a superfície do cabelo em quantidades tão insignificativas que em nenhum instante poderiam gerar alguma reação de decomposição, sendo assim jamais seria observado a liberação de formol.

  1. O ÁCIDO GLIOXÍLICO ALTERA A COR DOS CABELOS?

Para que o ácido glioxílico altere a cor dos fios deve-se ter contato com temperatura igual ou superior á 200°C , porém em sua maioria das vezes o ácido não tem contato com a temperatura, já que o produto é enxaguado dos fios antes da utilização de secadores e pranchas, sendo assim a alteração NÃO acontece.

  1. A ANVISA PROIBIU O USO DO ÁCIDO?

Não. A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não proibiu. A ANVISA está avaliando o uso da substância em preparações cosméticas. O estudo ainda está em andamento.

Nos últimos meses, a polêmica sobre o ácido glioxílico preocupou profissionais da beleza de todo o país que se perguntavam se o ácido, descoberta inovadora e revolucionária para o alisamento dos fios, teria formaldeído em sua fórmula. Incluído neste ano no PCPC (Personal Care Product Council) para a função de alisante e condicionador de cabelos, além de ajuste e tamponante de pH, o ácido glioxílico já não apresentava nenhuma restrição nos bancos de dados da União Europeia – Cosing (COSmeticsINGredients) – e dos Estados Unidos – CIR (Cosmetic Ingredient Review) – que relatam seu uso em produtos capilares. Embora ainda o uso desta substância em preparações cosméticas esteja em avaliação pela ANVISA, as entidades de classe já encaminharam um dossiê e estão trabalhando junto aos principais órgãos reguladores e governamentais para que seja elaborada uma regulamentação específica, o que protegerá tanto o fabricante quanto o consumidor e o cliente.

  1. COMO ÁCIDO GLIOXILICO AGE NOS CABELOS?

Ácido Glioxílico – (formilfórmico) é um acido orgânico e o mais simples dos ácidos-aldeídos. Sua forma molecular é considerada simples, de pH por volta de 1,5.

Por se tratar de um  ácido orgânico, que apresenta dois grupamentos químicos funcionais muito reativos, sendo: aldeído e ácido. O mecanismo de ação para alisamento dos cabelos via aplicação de ácido glioxílico não acontece pela reação entre o formaldeído e o cabelo, mas sim pelo meio reacional ácido que provoca alterações químicas significativas na estrutura dos aminoácidos, pela reação entre o radical aldeídico com os grupamentos amínicos e pontes dissulfeto que, após enxágue e associado ao calor 180°C a 230°C, origina uma estrutura bio polimerizada de característica hidrofóbica, conferindo o efeito de alisamento ao cabelos, ou seja, uma estrutura que resistente à umidade e que preserva o liso do fio ao longo do tempo.

  1. O ÁCIDO GLIOXILICO PODE SER UTILIZADO EM GESTANTES E CRIANÇAS?

Segundo a ANVISA nenhum tipo de formulação que confira alisamento nos fios deve ser aplicado no cabelo de crianças e gestantes. Pois gestantes e crianças sofrem constantes mudanças hormonais.

  1. QUAL A DURABILIDADE DO ÁCIDO NOS FIOS?

A durabilidade fica em torno de 45 a 60 lavadas do cabelo, em média 3 meses. Lembrando da importância da linha de manutenção para manter a saúde do fio.

  1. TEM COMPATIBILIDADE COM OUTRAS QUÍMICAS?

Sim. Tem compatibilidade com todas as químicas, tioglicolato de amônio, hidróxido de sódio, hidróxido de cálcio, hidróxido de guanidina, coloração e descoloração. Somente não é recomendado a associação a outros produtos que contenham metais em sua composição.

  1. QUAL O TEMPO IDEAL PARA REAPLICAR O ÁCIDO GLIOXÍLICO?

Recomenda-se um prazo mínimo de 60 dias para que o ácido glioxílico seja reaplicado, já que seu pH é ácido em torno de 1,0 a 1,5, que acontece intumescimento da fibra, fazendo com que  fio necessite de um intervalo para que esteja totalmente estabilizado. Recomenda-se que, neste período, o cabelo seja submetido a tratamentos de hidratações, reconstruções e umectações para que se mantenha o movimento dos fios.

  1. DE ONDE VEM O ÁCIDO GLIOXÍLICO?

O ácido glioxílico é um ácido orgânico, o mais simples da cadeia de ácidos-aldeídos. Consiste numa forma modificada do ciclo dos ácidos tricarboxílicos que ocorre na maioria das plantas e microrganismos, mas não nos animais superiores como mamíferos, répteis e quelônios, devido sua fisiologia respiratória ser muito diferente a dos animais inferiores (algumas bactérias, fungos e leveduras) e dos vegetais. Industrialmente, pode ser obtido, em grandes quantidades, a partir da reação entre duas substâncias químicas: o glioxal e ácido nítrico.

  1. PODEMOS RELAXAR, ALISAR, COLORIR OU DESCOLORIR NO MESMO DIA DA APLICAÇÃO DO ÁCIDO GLIOXÍLICO?

Não recomendamos colorir, descolorir, alisar ou relaxar no mesmo dia. Pois esses procedimentos são de pH muito alcalinos e quando associados ao ácido glioxílico de pH muito ácido, no mesmo dia, acabam danificando a fibra, por isso a importância do intervalo de 15 dias, isso fará com que o cabelo recupere sua vitalidade para passar por uma nova transformação.

  1. QUAIS OS CUIDADOS QUE DEVEMOS TER NA APLICAÇÃO DO ÁCIDO GLIOXÍLICO?

Fazer o uso de luvas, respeitar a distância de 1,0 cm do couro cabeludo na aplicação do produto, pois trata-se de um produto ácido e, tanto o couro cabeludo quanto as mãos,  estão em uma escala de pH diferente da que se encontra o produto.

Não alisar, relaxar, colorir ou descolorir no mesmo dia da aplicação do ácido glioxílico. Aguardar um intervalo mínimo de 15 dias para, depois, proceder com outras químicas.

Fazer o teste de mechas antes do uso do ácido, tanto para garantir um sucesso na aplicação do produto, como para assegurar se a cliente não tem alergia a nenhum componente químico do produto.

  1. CARBOCISTEINA E ÁCIDO GLIOXÍLICO SÃO A MESMA COISA? QUAL A DIFERENÇA?

Carbocisteína e ácido glioxílico não são a mesma coisa, porém podem estar juntas em uma escova de redução, pois o ácido glioxílico tem o poder de redução, enquanto a carbocisteína não tem esse poder.

A carbocisteína é derivada do aminoácido (L-cisteína) que faz parte da proteína (queratina) o qual é formado o cabelo. Ela por sua vez por ter uma alta bio afinidade com o fio de cabelo então ela se “mistura” com a estrutura do fio (ou ligações) para repará-las e fortalecê-las. O que justificaria seu efeito condicionante e restaurador, em associação com o ácido glioxílico, devido à oxidação molecular durante o processo de redução de volume dos fios. Tem poder de ligar-se a estruturas específicas, remodelando os cabelos e gerando o efeito desejado.

Ácido Glioxílico – (formilfórmico) é um acido orgânico e o mais simples dos ácidos-aldeídos. Sua forma molecular é considerada simples, de pH por volta de 1,5. Este ácido em atuação nos fios faz com que estes “engordem” e abram as cutículas do fio, facilitando assim a entrada de qualquer produto, que nesta combinação é a carbocisteína e fará com que esta tenha uma atuação mais penetrante, porém seu uso/aplicação para obter o efeito alisante estabelece a obrigatoriedade do uso da piastra (prancha térmica) que, geralmente, trabalha acima dos 180°C até 230°C.

  1. ÁCIDO GLIOXÍLICO ALISA O CABELO?

Sim. Nossos estudos e pesquisas em desenvolvimento de produtos têm comprovado que o ácido glioxílico é utilizado como um relaxante capilar, promovendo um tratamento químico com pH ácido, na faixa de 1,0 a 1,5. É um composto de menor peso molecular contendo as funções orgânicas: ácido carboxílico e aldeído. Essa combinação promove uma excelente reatividade do aldeído e baixa volatilidade tornando-o mais seguro em manipulações, ao contrário dos demais aldeídos de baixo peso molecular que são voláteis ou mesmo de gases como o formaldeído, facilmente absorvido na respiração. Sendo um composto com estrutura molecular pequena, permite que o aldeído tenha acesso a centros reativos do cabelo, atacando o nitrogênio das substâncias proteicas formando novas pontes salinas, permitindo um novo rearranjo no formato dos cabelos.

Quando caminhamos no sentido do meio ácido, temos um processo de intumescimento da fibra capilar, ou seja, a abertura cuticular atingindo o seu ápice ao redor de um pH 1 a 1,5. Ao mesmo tempo, ao contrário, quando se expõe o cabelo a um meio alcalino também acontece o intumescimento da fibra.

Ou seja, processo de alisamento ocorre pela imersão do cabelo no meio ácido e não pelo formoldeído. Aplicado ao cabelo, o ácido reage entre 10 a 40 minutos em contato. Este tempo acontece o processo de desnaturação da proteína.  Ao longo deste período, começa a reagir, encontrando-se em processo de alisamento.  Quando o cabelo é enxaguado, ele já tem aspecto de liso. Neste momento, não há traços de formoldeído, que só aparecerão no processo de finalização do cabelo por causa do calor gerado pela chapinha/piastra.  A aplicação de chapinha no final do processo gerará uma atmosfera com traços de formoldeído de 0,08ppm, valor que faz parte do ambiente em que vivemos.  No estado final, o cabelo apresenta uma superfície extremamente hidrofóbica; por isso, se dá o efeito do prolongamento do efeito liso.

  1. ÁCIDO GLIOXÍLICO FAZ MAL À SAÚDE?

Não. A transformação de ácido glioxílico em formol começa em 500ºC, atinge o ponto ideal em 652ºC. É uma temperatura que nunca será usada no consumidor final, pois a prancha para alisar os cabelos chega a uma temperatura pouco maior de 200ºC. Para a transformação ocorrer, é preciso um outro cenário: uma pressão próxima ao vácuo absoluto. Neste cenário, uma pessoa submetida a tal pressão teria o olho para fora da órbita e morreria em cerca de 20 segundos.

Outro detalhe: o ácido glioxílico deveria estar a uma pureza de 98%. O produto da Inoar está muito abaixo disso. Ainda dentro destas condições, se houver a transformação em formol, a quantidade é tão pequena, que é indetectável. Portanto não há motivo algum para que o ácido glioxílico faça algum mal ou que possa causar qualquer dano à saúde.

  1. O ÁCIDO GLIOXÍLICO CORRÓI OS FIOS POR TER UM PH TÃO ÁCIDO?

Não. Ele não tem esta reação, pois é, freqüentemente, usado para produtos a título de alisamento e seus agentes químicos têm o poder de doar aos cabelos um aspecto liso e também reduzir o volume por um período temporário e é extremamente positivo, pois, além o efeito liso, não perde-se movimento após as lavagens, mantendo-os saudáveis sem afinar os fios ao longo do tempo.

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