Uma das matérias-primas mais inovadoras para o alisamento capilar dos últimos tempos, o Ácido Glioxílico tem revolucionado o setor cosmético. Por reagir na proteína do cabelo conferindo um poder hidrofóbico que causa repelência à umidade, o Ácido Glioxílico não tem, atualmente, nenhum concorrente com tecnologia superior para a função alisante, onduladora e de poder antiestático.
Bastante conhecido da indústria de cosméticos por sua função tamponante (que equilibra o pH), recentemente o Ácido Glioxílico teve sua ficha técnica revisada pela European Commission Health and Consumers Cosmetics – CosIng (entidade reguladora da Europa), a pedido da Inoar Cosméticos, sendo incluídas as funções de antiestático, ondulante e alisante capilar à matéria-prima.
Para a Inoar Cosméticos, pioneira no lançamento no mercado internacional de um alisamento capilar com esta matéria-prima, quando autorizado o uso do Ácido Glioxílico com estas novas funções no Brasil haverá inúmeros impactos positivos em vários sentidos seja tecnológico, econômico, comercial e de oportunidades, pois abrange todos os envolvidos em sua cadeia de valor, desde o produtor da matéria-prima, os fabricantes do produto final, os centros técnicos e de pesquisa, até os cabeleireiros e consumidores. Um dos motivos para este grande crescimento é que as brasileiras são as que mais investem no mundo em alisamentos capilares, o que pode gerar um crescimento de, pelo menos, 30% às indústrias de cosméticos.
Uma das razões que tornam o Ácido Glioxílico tão revolucionário é o fato de ser o único alisamento com pH ácido e não alcalino, sendo mais duradouro sem danificar os cabelos. Outra vantagem é que, quando comparado aos alisantes clássicos à base de hidróxidos, alcalinos, esta matéria-prima possui efeito superior, não sendo tão agressiva quanto os outros produtos, além de ser menos tóxica que o tiogliocolato de amônia, hidróxido de sódio e a guanidina. Ou seja, o ácido ajuda a preservar a saúde dos fios, sem causar quebra, deixando os cabelos com mais brilho porque ocorre o selamento das cutículas – justamente por ter pH ácido.
Como bem explicado no Artigo “Ácido Glioxílico: esclarecimentos sobre a nota da Anvisa”, publicado na Revista Cosmetics & Toiletries (Vol.26, mai-jun 2014), pelo bacharel em Química Tecnológica pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e especialista em ciência do cabelo pelo TRI-Princenton/EUA, Adriano Pinheiro, “O mecanismo de ação para o alisamento dos cabelos via aplicação de ácido glioxílico não acontece pela reação entre o formaldeído e o cabelo. O alisamento ocorre sim pelo meio reacional ácido que provoca alterações químicas significativas na estrutura dos aminoácidos, pelo processo de desnaturação da proteína, pela reação entre o radical aldeído com os grupamentos amínicos e as pontes de dissulfeto. O alisamento ocorre, por outro lado, pelo radical ácido também reagido com os grupamentos amínicos e as pontes de dissulfeto, que após enxágue, e associado ao calor de 180 a 230˚C, origina uma estrutura bio-polimerizada de característica hidrofóbica, conferindo o efeito de alisamento dos cabelos.”
Ou seja, “A presença dos traços de formaldeído gerado durante aplicação do processamento térmico ocasiona concentrações abaixo dos limites de tolerância estabelecidos por instituições como American Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH), National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH) e Oregon Occupational Safety and Health Administration (OSHA), e pela já mencionada Portaria 3214/78 – NR-15 (Norma Regulamentadora de N˚15) do Ministério do Trabalho. Esse fato ratifica que a teor de ácido glioxílico contido nos produtos cosméticos é consumido durante o processo reacional de alisamento dos cabelos, podendo permanecer um residual após enxágue que se decompõe durante a etapa de aquecimento (piastra), gerando traços de formaldeído que não possuem impactos toxicológicos significativos.”, continua o Artigo citado acima. Outro ponto importante é que o ácido não tem cheiro, não provoca fumaça, ardência nos olhos e nenhum tipo de desconforto para profissionais e clientes.
Slide da Apresentação do Químico Adriano Pinheiro no CFE Cosmetique
Já reconhecido com a função de Alisante na Europa e Estados Unidos, o Ácido Glioxílico, presente no banco de dados do COSING, União Européia e PCPC (Personal Care Products Council), Estados Unidos, encontra-se em avaliação pela ANVISA o dossiê técnico que foi encaminhado pela Associação Brasileira de Cosmetologia para cumprimento dos requisitos técnicos exigidos pela regulação brasileira. E a Inoar Cosméticos, por ser pioneira no lançamento do alisamento capilar com esta matéria-prima, contribuiu com o Grupo Técnico de Trabalho criado pela Associação, colaborando com o envio de documentos e estudos técnicos que demonstram a eficiência do Ácido Glioxílico, na função.
Muitos testes e análises foram feitos no decorrer dos estudos e do desenvolvimento de produtos com esta matéria-prima por entidades especializadas e credenciadas tanto no Brasil quanto no exterior. Por exemplo, um estudo feito com Metodologia de Ensaio de Acordo com: Determination of Formoldehyde in Cosmetics by HPLC Method and Acetylacetone Method indicou liberação de formaldeído menor que 0,001%. Outros laboratórios avaliaram o Risco de Exposição ao Formaldeído mostrando em seus resultados que “os Limites de Tolerância estabelecidos pela ACGIH e NR-15 quando comparados com as amostragens realizadas estão bem abaixo destes limites ocupacionais, sendo estes valores inferiores a 3,8% da Legislação Trabalhista Brasileira (Limite de 1,6 ppm) e inferiores a 20% da referência ocupacional mais restritiva (Limite ACGIH de 0,3 ppm). (…) Portanto, não há risco significativo de exposição ao Formaldeído por via respiratória dos avaliados (modelo e técnica cabeleireira) para os produtos testados)”.
“Por isso, acreditamos que em pouco tempo ocorra também a sua liberação no país. Isso em função do histórico de estudos e procedimentos da Anvisa, que considera em suas avaliações os pareceres adotados pelas agências reguladoras da União Europeia e Estados Unidos”, afirma Inocência Manoel, fundadora Inoar Cosméticos e pioneira na descoberta do Ácido Glioxilico com função de alisante.
“A missão da Inoar é buscar sempre a qualidade e segurança em seus produtos para a beleza, atenta em perceber as necessidades e próxima de seus clientes, profissionais e usuários. Para isso, a empresa investe permanentemente em Pesquisa & Desenvolvimento, em muitos testes e em novas tecnologias para inovar sempre com produtos que promovam beleza e bem-estar, antecipando tendências”, reitera a fundadora da Inoar.
E por já estar sendo usado o produto em diversos países, o tema tem despertado muito interesse também no mercado brasileiro, sendo discutido neste ano durante o Congresso CFE Cosmetique, pelo renomado químico brasileiro Adriano Pinheiro, que abordou o uso do Ácido Glioxílico no alisamento capilar em sua palestra “Modernas Pesquisas em Alisamento Capilar”, mostrando a ação inovadora e revolucionária deste ácido ao destacar as vantagens em relação aos produtos já existentes com a mesma função.
Para estudiosos, pesquisadores do setor e o mercado internacional – onde o produto com esta matéria-prima já é comercializado com esta função –, sem dúvidas, a utilização do Ácido Glioxílico é mais um grande divisor de águas na indústria cosmética mundial e uma das descobertas mais revolucionárias dos últimos tempos.