Divisor de Águas na Indústria: Ácido Glioxílico é usado como alisante capilar

Uma das matérias-primas mais inovadoras para o alisamento capilar dos últimos tempos, o Ácido Glioxílico tem revolucionado o setor cosmético. Por reagir na proteína do cabelo conferindo um poder hidrofóbico que causa repelência à umidade, o Ácido Glioxílico não tem, atualmente, nenhum concorrente com tecnologia superior para a função alisante, onduladora e de poder antiestático.

Bastante conhecido da indústria de cosméticos por sua função tamponante (que equilibra o pH), recentemente o Ácido Glioxílico teve sua ficha técnica revisada pela European Commission Health and Consumers Cosmetics – CosIng (entidade reguladora da Europa), a pedido da Inoar Cosméticos, sendo incluídas as funções de antiestático, ondulante e alisante capilar à matéria-prima.

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Para a Inoar Cosméticos, pioneira no lançamento no mercado internacional de um alisamento capilar com esta matéria-prima, quando autorizado o uso do Ácido Glioxílico com estas novas funções no Brasil haverá inúmeros impactos positivos em vários sentidos seja tecnológico, econômico, comercial e de oportunidades, pois abrange todos os envolvidos em sua cadeia de valor, desde o produtor da matéria-prima, os fabricantes do produto final, os centros técnicos e de pesquisa, até os cabeleireiros e consumidores. Um dos motivos para este grande crescimento é que as brasileiras são as que mais investem no mundo em alisamentos capilares, o que pode gerar um crescimento de, pelo menos, 30% às indústrias de cosméticos.

Uma das razões que tornam o Ácido Glioxílico tão revolucionário é o fato de ser o único alisamento com pH ácido e não alcalino, sendo mais duradouro sem danificar os cabelos. Outra vantagem é que, quando comparado aos alisantes clássicos à base de hidróxidos, alcalinos, esta matéria-prima possui efeito superior, não sendo tão agressiva quanto os outros produtos, além de ser menos tóxica que o tiogliocolato de amônia, hidróxido de sódio e a guanidina. Ou seja, o ácido ajuda a preservar a saúde dos fios, sem causar quebra, deixando os cabelos com mais brilho porque ocorre o selamento das cutículas – justamente por ter pH ácido.

Como bem explicado no Artigo “Ácido Glioxílico: esclarecimentos sobre a nota da Anvisa”, publicado na Revista Cosmetics & Toiletries (Vol.26, mai-jun 2014), pelo bacharel em Química Tecnológica pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e especialista em ciência do cabelo pelo TRI-Princenton/EUA, Adriano Pinheiro, “O mecanismo de ação para o alisamento dos cabelos via aplicação de ácido glioxílico não acontece pela reação entre o formaldeído e o cabelo. O alisamento ocorre sim pelo meio reacional ácido que provoca alterações químicas significativas na estrutura dos aminoácidos, pelo processo de desnaturação da proteína, pela reação entre o radical aldeído com os grupamentos amínicos e as pontes de dissulfeto. O alisamento ocorre, por outro lado, pelo radical ácido também reagido com os grupamentos amínicos e as pontes de dissulfeto, que após enxágue, e associado ao calor de 180 a 230˚C, origina uma estrutura bio-polimerizada de característica hidrofóbica, conferindo o efeito de alisamento dos cabelos.”

Ou seja, “A presença dos traços de formaldeído gerado durante aplicação do processamento térmico ocasiona concentrações abaixo dos limites de tolerância estabelecidos por instituições como American Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH), National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH) e Oregon Occupational Safety and Health Administration (OSHA), e pela já mencionada Portaria 3214/78 – NR-15 (Norma Regulamentadora de N˚15) do Ministério do Trabalho. Esse fato ratifica que a teor de ácido glioxílico contido nos produtos cosméticos é consumido durante o processo reacional de alisamento dos cabelos, podendo permanecer um residual após enxágue que se decompõe durante a etapa de aquecimento (piastra), gerando traços de formaldeído que não possuem impactos toxicológicos significativos.”, continua o Artigo citado acima. Outro ponto importante é que o ácido não tem cheiro, não provoca fumaça, ardência nos olhos e nenhum tipo de desconforto para profissionais e clientes.

 

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Slide da Apresentação do Químico Adriano Pinheiro no CFE Cosmetique

 

Já reconhecido com a função de Alisante na Europa e Estados Unidos, o Ácido Glioxílico, presente no banco de dados do COSING, União Européia e PCPC (Personal Care Products Council), Estados Unidos, encontra-se em avaliação pela ANVISA o dossiê técnico que foi encaminhado pela Associação Brasileira de Cosmetologia para cumprimento dos requisitos técnicos exigidos pela regulação brasileira. E a Inoar Cosméticos, por ser pioneira no lançamento do alisamento capilar com esta matéria-prima, contribuiu  com o Grupo Técnico de Trabalho criado pela Associação, colaborando com o envio de documentos e estudos técnicos que demonstram a eficiência do Ácido Glioxílico, na função.

Muitos testes e análises foram feitos no decorrer dos estudos e do desenvolvimento de produtos com esta matéria-prima por entidades especializadas e credenciadas tanto no Brasil quanto no exterior. Por exemplo, um estudo feito com Metodologia de Ensaio de Acordo com: Determination of Formoldehyde in Cosmetics by HPLC Method and Acetylacetone Method indicou liberação de formaldeído menor que 0,001%. Outros laboratórios avaliaram o Risco de Exposição ao Formaldeído mostrando em seus resultados que “os Limites de Tolerância estabelecidos pela ACGIH e NR-15 quando comparados com as amostragens realizadas estão bem abaixo destes limites ocupacionais, sendo estes valores inferiores a 3,8% da Legislação Trabalhista Brasileira (Limite de 1,6 ppm) e inferiores a 20% da referência ocupacional mais restritiva (Limite ACGIH de 0,3 ppm). (…) Portanto, não há risco significativo de exposição ao Formaldeído por via respiratória dos avaliados (modelo e técnica cabeleireira) para os produtos testados)”.

“Por isso, acreditamos que em pouco tempo ocorra também a sua liberação no país. Isso em função do histórico de estudos e procedimentos da Anvisa, que considera em suas avaliações os pareceres adotados pelas agências reguladoras da União Europeia e Estados Unidos”, afirma Inocência Manoel, fundadora Inoar Cosméticos e pioneira na descoberta do Ácido Glioxilico com função de alisante.

“A missão da Inoar é buscar sempre a qualidade e segurança em seus produtos para a beleza, atenta em perceber as necessidades e próxima de seus clientes, profissionais e usuários. Para isso, a empresa investe permanentemente em Pesquisa & Desenvolvimento, em muitos testes e em novas tecnologias para inovar sempre com produtos que promovam beleza e bem-estar, antecipando tendências”, reitera a fundadora da Inoar.

E por já estar sendo usado o produto em diversos países, o tema tem despertado muito interesse também no mercado brasileiro, sendo discutido neste ano durante o Congresso CFE Cosmetique, pelo renomado químico brasileiro Adriano Pinheiro, que abordou o uso do Ácido Glioxílico no alisamento capilar em sua palestra “Modernas Pesquisas em Alisamento Capilar”, mostrando a ação inovadora e revolucionária deste ácido ao destacar as vantagens em relação aos produtos já existentes com a mesma função.

Para estudiosos, pesquisadores do setor e o mercado internacional – onde o produto com esta matéria-prima já é comercializado com esta função –, sem dúvidas, a utilização do Ácido Glioxílico é mais um grande divisor de águas na indústria cosmética mundial e uma das descobertas mais revolucionárias dos últimos tempos.

Perguntas frequentes: tudo sobre o Ácido Glioxílico

A Inoar separou as principais dúvidas que rodeiam o uso do ácido glioxílico. Esse ácido, que ainda não é regulamentado pela ANVISA para uso como alisante no Brasil, revolucionou à cosmética capilar e beneficiará em muito à indústria nacional, de diferentes portes. Confira as principais dúvidas sobre o ácido:

  1. O QUE É ÁCIDO GLIOXÍLICO?

O ácido glioxílico ou ácido formilfórmico é um ácido orgânico. Vem sendo muito utilizado pela indústria cosmética em substituição ao formaldeído nas progressivas. Além de ser usado em cosméticos com a função de ajuste de tamponante de pH.

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Fórmula: C2H2O3

Massa molar: 74,03548 g/mol

Ponto de ebulição: 111 °C

Ponto de fusão: 80 °C

 

  1. O ÁCIDO GLIOXÍLICO LIBERA FORMOL?

Não. O ativo é utilizado como substituto do mesmo em produtos cosméticos há mais de 5 anos.

Para que, de fato, haja liberação de formol é preciso que a prancha térmica aqueça a uma temperatura igual ou superior a 500ºC e esteja em um ambiente sem presença de oxigênio. Só que a prancha térmica, geralmente, trabalha entre 180°C e 230°C, ou seja, não há como liberar formol. O ácido em sua maioria não é submetido ao calor da prancha ou secador, o produto é totalmente enxaguado para só depois ser escovado e pranchado, nesta ocasião, o que restaria do produto após o enxágue seriam traços de moléculas do ácido que ficam aderidos a superfície do cabelo em quantidades tão insignificativas que em nenhum instante poderiam gerar alguma reação de decomposição, sendo assim jamais seria observado a liberação de formol.

  1. O ÁCIDO GLIOXÍLICO ALTERA A COR DOS CABELOS?

Para que o ácido glioxílico altere a cor dos fios deve-se ter contato com temperatura igual ou superior á 200°C , porém em sua maioria das vezes o ácido não tem contato com a temperatura, já que o produto é enxaguado dos fios antes da utilização de secadores e pranchas, sendo assim a alteração NÃO acontece.

  1. A ANVISA PROIBIU O USO DO ÁCIDO?

Não. A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não proibiu. A ANVISA está avaliando o uso da substância em preparações cosméticas. O estudo ainda está em andamento.

Nos últimos meses, a polêmica sobre o ácido glioxílico preocupou profissionais da beleza de todo o país que se perguntavam se o ácido, descoberta inovadora e revolucionária para o alisamento dos fios, teria formaldeído em sua fórmula. Incluído neste ano no PCPC (Personal Care Product Council) para a função de alisante e condicionador de cabelos, além de ajuste e tamponante de pH, o ácido glioxílico já não apresentava nenhuma restrição nos bancos de dados da União Europeia – Cosing (COSmeticsINGredients) – e dos Estados Unidos – CIR (Cosmetic Ingredient Review) – que relatam seu uso em produtos capilares. Embora ainda o uso desta substância em preparações cosméticas esteja em avaliação pela ANVISA, as entidades de classe já encaminharam um dossiê e estão trabalhando junto aos principais órgãos reguladores e governamentais para que seja elaborada uma regulamentação específica, o que protegerá tanto o fabricante quanto o consumidor e o cliente.

  1. COMO ÁCIDO GLIOXILICO AGE NOS CABELOS?

Ácido Glioxílico – (formilfórmico) é um acido orgânico e o mais simples dos ácidos-aldeídos. Sua forma molecular é considerada simples, de pH por volta de 1,5.

Por se tratar de um  ácido orgânico, que apresenta dois grupamentos químicos funcionais muito reativos, sendo: aldeído e ácido. O mecanismo de ação para alisamento dos cabelos via aplicação de ácido glioxílico não acontece pela reação entre o formaldeído e o cabelo, mas sim pelo meio reacional ácido que provoca alterações químicas significativas na estrutura dos aminoácidos, pela reação entre o radical aldeídico com os grupamentos amínicos e pontes dissulfeto que, após enxágue e associado ao calor 180°C a 230°C, origina uma estrutura bio polimerizada de característica hidrofóbica, conferindo o efeito de alisamento ao cabelos, ou seja, uma estrutura que resistente à umidade e que preserva o liso do fio ao longo do tempo.

  1. O ÁCIDO GLIOXILICO PODE SER UTILIZADO EM GESTANTES E CRIANÇAS?

Segundo a ANVISA nenhum tipo de formulação que confira alisamento nos fios deve ser aplicado no cabelo de crianças e gestantes. Pois gestantes e crianças sofrem constantes mudanças hormonais.

  1. QUAL A DURABILIDADE DO ÁCIDO NOS FIOS?

A durabilidade fica em torno de 45 a 60 lavadas do cabelo, em média 3 meses. Lembrando da importância da linha de manutenção para manter a saúde do fio.

  1. TEM COMPATIBILIDADE COM OUTRAS QUÍMICAS?

Sim. Tem compatibilidade com todas as químicas, tioglicolato de amônio, hidróxido de sódio, hidróxido de cálcio, hidróxido de guanidina, coloração e descoloração. Somente não é recomendado a associação a outros produtos que contenham metais em sua composição.

  1. QUAL O TEMPO IDEAL PARA REAPLICAR O ÁCIDO GLIOXÍLICO?

Recomenda-se um prazo mínimo de 60 dias para que o ácido glioxílico seja reaplicado, já que seu pH é ácido em torno de 1,0 a 1,5, que acontece intumescimento da fibra, fazendo com que  fio necessite de um intervalo para que esteja totalmente estabilizado. Recomenda-se que, neste período, o cabelo seja submetido a tratamentos de hidratações, reconstruções e umectações para que se mantenha o movimento dos fios.

  1. DE ONDE VEM O ÁCIDO GLIOXÍLICO?

O ácido glioxílico é um ácido orgânico, o mais simples da cadeia de ácidos-aldeídos. Consiste numa forma modificada do ciclo dos ácidos tricarboxílicos que ocorre na maioria das plantas e microrganismos, mas não nos animais superiores como mamíferos, répteis e quelônios, devido sua fisiologia respiratória ser muito diferente a dos animais inferiores (algumas bactérias, fungos e leveduras) e dos vegetais. Industrialmente, pode ser obtido, em grandes quantidades, a partir da reação entre duas substâncias químicas: o glioxal e ácido nítrico.

  1. PODEMOS RELAXAR, ALISAR, COLORIR OU DESCOLORIR NO MESMO DIA DA APLICAÇÃO DO ÁCIDO GLIOXÍLICO?

Não recomendamos colorir, descolorir, alisar ou relaxar no mesmo dia. Pois esses procedimentos são de pH muito alcalinos e quando associados ao ácido glioxílico de pH muito ácido, no mesmo dia, acabam danificando a fibra, por isso a importância do intervalo de 15 dias, isso fará com que o cabelo recupere sua vitalidade para passar por uma nova transformação.

  1. QUAIS OS CUIDADOS QUE DEVEMOS TER NA APLICAÇÃO DO ÁCIDO GLIOXÍLICO?

Fazer o uso de luvas, respeitar a distância de 1,0 cm do couro cabeludo na aplicação do produto, pois trata-se de um produto ácido e, tanto o couro cabeludo quanto as mãos,  estão em uma escala de pH diferente da que se encontra o produto.

Não alisar, relaxar, colorir ou descolorir no mesmo dia da aplicação do ácido glioxílico. Aguardar um intervalo mínimo de 15 dias para, depois, proceder com outras químicas.

Fazer o teste de mechas antes do uso do ácido, tanto para garantir um sucesso na aplicação do produto, como para assegurar se a cliente não tem alergia a nenhum componente químico do produto.

  1. CARBOCISTEINA E ÁCIDO GLIOXÍLICO SÃO A MESMA COISA? QUAL A DIFERENÇA?

Carbocisteína e ácido glioxílico não são a mesma coisa, porém podem estar juntas em uma escova de redução, pois o ácido glioxílico tem o poder de redução, enquanto a carbocisteína não tem esse poder.

A carbocisteína é derivada do aminoácido (L-cisteína) que faz parte da proteína (queratina) o qual é formado o cabelo. Ela por sua vez por ter uma alta bio afinidade com o fio de cabelo então ela se “mistura” com a estrutura do fio (ou ligações) para repará-las e fortalecê-las. O que justificaria seu efeito condicionante e restaurador, em associação com o ácido glioxílico, devido à oxidação molecular durante o processo de redução de volume dos fios. Tem poder de ligar-se a estruturas específicas, remodelando os cabelos e gerando o efeito desejado.

Ácido Glioxílico – (formilfórmico) é um acido orgânico e o mais simples dos ácidos-aldeídos. Sua forma molecular é considerada simples, de pH por volta de 1,5. Este ácido em atuação nos fios faz com que estes “engordem” e abram as cutículas do fio, facilitando assim a entrada de qualquer produto, que nesta combinação é a carbocisteína e fará com que esta tenha uma atuação mais penetrante, porém seu uso/aplicação para obter o efeito alisante estabelece a obrigatoriedade do uso da piastra (prancha térmica) que, geralmente, trabalha acima dos 180°C até 230°C.

  1. ÁCIDO GLIOXÍLICO ALISA O CABELO?

Sim. Nossos estudos e pesquisas em desenvolvimento de produtos têm comprovado que o ácido glioxílico é utilizado como um relaxante capilar, promovendo um tratamento químico com pH ácido, na faixa de 1,0 a 1,5. É um composto de menor peso molecular contendo as funções orgânicas: ácido carboxílico e aldeído. Essa combinação promove uma excelente reatividade do aldeído e baixa volatilidade tornando-o mais seguro em manipulações, ao contrário dos demais aldeídos de baixo peso molecular que são voláteis ou mesmo de gases como o formaldeído, facilmente absorvido na respiração. Sendo um composto com estrutura molecular pequena, permite que o aldeído tenha acesso a centros reativos do cabelo, atacando o nitrogênio das substâncias proteicas formando novas pontes salinas, permitindo um novo rearranjo no formato dos cabelos.

Quando caminhamos no sentido do meio ácido, temos um processo de intumescimento da fibra capilar, ou seja, a abertura cuticular atingindo o seu ápice ao redor de um pH 1 a 1,5. Ao mesmo tempo, ao contrário, quando se expõe o cabelo a um meio alcalino também acontece o intumescimento da fibra.

Ou seja, processo de alisamento ocorre pela imersão do cabelo no meio ácido e não pelo formoldeído. Aplicado ao cabelo, o ácido reage entre 10 a 40 minutos em contato. Este tempo acontece o processo de desnaturação da proteína.  Ao longo deste período, começa a reagir, encontrando-se em processo de alisamento.  Quando o cabelo é enxaguado, ele já tem aspecto de liso. Neste momento, não há traços de formoldeído, que só aparecerão no processo de finalização do cabelo por causa do calor gerado pela chapinha/piastra.  A aplicação de chapinha no final do processo gerará uma atmosfera com traços de formoldeído de 0,08ppm, valor que faz parte do ambiente em que vivemos.  No estado final, o cabelo apresenta uma superfície extremamente hidrofóbica; por isso, se dá o efeito do prolongamento do efeito liso.

  1. ÁCIDO GLIOXÍLICO FAZ MAL À SAÚDE?

Não. A transformação de ácido glioxílico em formol começa em 500ºC, atinge o ponto ideal em 652ºC. É uma temperatura que nunca será usada no consumidor final, pois a prancha para alisar os cabelos chega a uma temperatura pouco maior de 200ºC. Para a transformação ocorrer, é preciso um outro cenário: uma pressão próxima ao vácuo absoluto. Neste cenário, uma pessoa submetida a tal pressão teria o olho para fora da órbita e morreria em cerca de 20 segundos.

Outro detalhe: o ácido glioxílico deveria estar a uma pureza de 98%. O produto da Inoar está muito abaixo disso. Ainda dentro destas condições, se houver a transformação em formol, a quantidade é tão pequena, que é indetectável. Portanto não há motivo algum para que o ácido glioxílico faça algum mal ou que possa causar qualquer dano à saúde.

  1. O ÁCIDO GLIOXÍLICO CORRÓI OS FIOS POR TER UM PH TÃO ÁCIDO?

Não. Ele não tem esta reação, pois é, freqüentemente, usado para produtos a título de alisamento e seus agentes químicos têm o poder de doar aos cabelos um aspecto liso e também reduzir o volume por um período temporário e é extremamente positivo, pois, além o efeito liso, não perde-se movimento após as lavagens, mantendo-os saudáveis sem afinar os fios ao longo do tempo.

Inoar obtém certificação Halal (permissão islâmica), em 2016, pela licitude e pureza de seus produtos

A Escova Progressiva à base de ácido glioxílico nos abriu espaço nos mais exigentes mercados cosméticos do mundo, principalmente nos aspectos regulatórios, após demostrada sua eficácia em 2009 na COSMOPROF em Las Vegas e na Hair Brasil, no mesmo ano, com o lançamento do “ARGAN OIL SYSTEM.”

Para entrar no mercado africano não foi diferente. Em torno de 250 milhões de africanos professam o Islamismo como religião, com maior concentração do Norte, mas também com presença massiva na África subsaariana. O Islão como força política, social e religiosa é muito forte em países como Senegal, Mali e a Somália. Estima-se que 22,7% da população mundial seja de islâmicos.

Quando o objetivo é expandir mercados, a primeira coisa é conhecer a cultura dos povos que vivem naqueles países. Um dos aspectos a ser considerado nessa ação na África foi à influência da religião. É do conhecimento de todos que no Islamismo às mulheres cobrem a cabeça, portanto, os cabelos, com os véus, também conhecidos como hijab (muito usado na Arábia Saudita, Iêmen, Omã e nos Emirados Árabes Unidos, cobrindo o rosto e o pescoço, com apenas uma abertura diante dos olhos) e o niqab (mais comum no Ocidente, cobre a cabeça e o pescoço, deixando o rosto livre. Hijabs existem nas mais variadas cores e estampas). Não vou entrar no mérito da questão do véu. Acredito que a decisão de uso ou não deve ser única e exclusivamente das mulheres.

Os muçulmanos têm um código de conduta chamado Halal[i], que designa qualquer objeto ou ação que é permitido usar ou se envolver, de acordo com a lei islâmica. É o oposto de haraam. Halal é o permitido, legal e de acordo com as jurisprudências islâmicas. Desta forma pode ser consumido, incluindo os segmentos farmacêuticos, cosméticos, ou até mesmo serviços de turismo e financeiros.

Ter um selo de garantia “Halal” é um símbolo de qualidade, observância precisa, saúde e preservação dos recursos naturais. Ou seja, para INOAR colocar os produtos para mulheres/mercado consumidor muçulmano teve que ser certificada nos parâmetros do Halal. Para tanto, contratamos uma Consultoria especializada em diagnóstico capilar. Tal estudo tinha por objetivo medir à resistência mecânica (RM) e à entrada de água em fibras capilares alisadas com o ácido glioxílico. O produto INOAR utilizado no teste foi o Brazilian Afro Keratin.

O estudo diagnóstico é bastante preciso e rico em detalhes gráficos. Aqui mostrarei o que interessava ao mercado consumidor muçulmano. O questionamento era se o fio seria ou não encapsulado pós aplicação do produto, impedindo à entrada de água. Objetivamente queriam saber se os produtos da INOAR que continham o ácido glioxílico permitiriam que a água penetrasse no fio para limpá-lo. Isso porque para o Islão a limpeza dos cabelos deve ser profunda.

A figura abaixo mostra que a aplicação do ácido glioxílico mantém a estrutura do fio num padrão muito semelhante às mechas de fios virgens usados nos testes.

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Resumindo, o laudo técnico apresentou, em agosto de 2016, o seguinte resultado (grifos da especialista):

“A entrada de água nas mechas alisadas com o ácido glioxílico (Brazilian Afro Keratin – INOAR) se assemelha muito à entrada de água nas mechas virgens. Essa entrada de água corresponde a aproximadamente 3%. Assim, após o tratamento com o Brazilian Afro Keratin – INOAR a água continua penetrando no córtex capilar.

Comparativamente, nas mechas alisadas com formaldeído, não há penetração de água no córtex devido à formação de um filme polimérico de poliacetal. Pode-se observar que nas mechas molhadas houve decréscimo da deformação específica, confirmando a presença do filme hidrofóbico de poliacetal na matriz da fibra.

Quando comparados com o padrão molhado virgem a molhabilidade das mechas alisadas com o ácido glioxílico (Brazilian Afro Keratin – INOAR) é 7% menor e com o formaldeído é 25% menor, considerando a barra de erro superior (máxima molhabilidade).

As propriedades de resistência mecânica de tensão de ruptura e maleabilidade são semelhantes ao padrão virgem no alisamento com o ácido glioxílico (Brazilian Afro Keratin – INOAR).”

Esse aspecto de resistência mecânica do fio também pode ser melhor observado no gráfico que segue:

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Ou seja, a ruptura da fibra do cabelo, bem como sua deformação reagem conforme o grau de hidratação, ou segundo o diagnóstico:

“A fibra alisada com formaldeído adquire muitas das propriedades do poliacetal. Entre elas a maior dureza resistência à umidade. A fibra capilar faz trocas de umidade constantes com o ambiente. A perda dessa propriedade faz que a fibra se resseque muito e quebre com o tempo devido à sua maior dureza e menor tenacidade. A consequência é uma fibra extremamente seca, quebradiça e com pouca possibilidade de interação com produtos de tratamento devido ao polímero estável formado em seu interior.

A ação do ácido glioxílico é de quebra da cistina, porém não há formação de filme. As propriedades mecânicas de tensão, de ruptura e maleabilidade são muito próximas aos padrões virgens. A penetração de água como foi observado é também semelhante ao padrão virgem.”

Compartilhei o resultado deste diagnóstico, contratado pela INOAR, primeiro para demostrar o quanto investimos em pesquisa e desenvolvimento, elaborando protocolos precisos para diferentes aplicações de nossos produtos. No caso da cosmética capilar, protocolos para alisar, reduzir volume, soltar cachos, entre outras, dependendo do resultado pretendido para cada tipo de cabelo. Segundo, por que foi amplamente divulgado na imprensa local (link ao final do artigo). Terceiro, porque é público. Foi divulgado no site da FAPESP e UNESP assim que a Comunidade Muçulmana (portanto, não somente para África) aprovou o uso dos produtos INOAR, reconhecendo que os mesmos atendiam às exigências do Halal.

Grandes e exigentes mercados consumidores como americanos e europeus, mercados com exigências rigorosas por condutas religiosas, reconhecem o benefício dos produtos INOAR com ácido glioxílico. Daí nossa expectativa quanto à regulamentação pela ANVISA no uso desse ingrediente que revolucionou à cosmética capilar, e que beneficiará em muito à indústria nacional, de diferentes portes, além de reconhecer o pioneirismo em pesquisa e tecnologia de ponta, desenvolvida por uma empresa brasileira, à INOAR Cosméticos, sempre na perspectiva de inovação tecnológica, satisfação e bem-estar das pessoas.

Inocência Manoel – Fundadora INOAR Cosméticos

Fontes:

LONGO, Valéria; LONGO, Elsom; OLIVEIRA, Ana Lúcia de. Estudo da permeação de água em cabelos tratados com formaldeído e ácido glioxílico – Inoar_KA_001-16. KATLÉIA – Centro Avançado de Diagnóstico Capilar. Agosto 2016. São Paulo/SP (não publicado)

http://cdmf.org.br/2017/05/29/uso-do-acido-glioxilico-foi-liberado-na-comunidade-muculmana/.

https://www2.unesp.br/portal#!/noticia/27425/uso-de-acido-glioxilico-e-liberado-na-comunidade-muculmana

http://www.w24.co.za/Beauty/Hairstyles/there-might-be-feathers-placenta-egg-yolk-and-even-blood-in-your-shampoo-20170515

[i] “A natureza da essência do Halal é na realidade a natureza para a qual o ser humano foi criado, e nela se encontra a pacificação que o coração humano busca intuitivamente. Todos nós, não importando nossa visão da vida ou cultura a que pertencemos, possuímos uma intuitiva compreensão de que a pureza em todas as suas manifestações está em harmonia com o bem-estar, a paz de espírito e as coisas mais sublimes da vida. Identificamos intuitivamente o bem real na verdade, na pureza dos sentimentos, no equilíbrio, na virtude diante das dificuldades e em todos os valores éticos e morais que superam o egoísmo, o orgulho, a malícia e a bestialidade. E esta natureza é essência do Halal que o Islam manifesta através do que Deus decretou como lícito, para a felicidade do homem em sua trajetória no mundo.” (http://arresala.org.br/biblioteca/a-correta-distincao-entre-o-halal-e-o-haram)

Ácido Glioxílico: expectativas para 2018

Pioneira no Brasil no uso do Ácido Glioxílico como Alisante, a INOAR desenvolveu os protocolos para diferentes aplicações como alisar, ondular, reduzir volume, soltar cachos, fazer o chamado permanente afro, definir, relaxar e a tão famosa Escova Progressiva, entre outras, dependendo do resultado pretendido para cada tipo de cabelo.

Hoje, a Transformação Capilar à base de Ácido Glioxílico da INOAR é um produto de aceitação global, resultado de intensa batalha iniciada no ano de 2005, com exaustivos testes e altos investimentos em pesquisa e desenvolvimento do produto. Tudo feito na perspectiva de inovação tecnológica, satisfação e bem-estar das pessoas.

Resumindo um pouco da história, em 2009, fomos exitosos na comprovação da eficácia do Ácido Glioxílico. Comparado a outros produtos, com diferentes matérias primas, os resultados nos tratamentos foram infinitamente superiores, conforme demonstrado nos eventos COSMOPROF/Las Vegas e Hair Brasil com o lançamento do “ARGAN OIL SYSTEM”. Ação que impulsionou a procura pelo produto em 2010, mesmo diante da “demonização” deste, realizada por diferentes meios.

Para estudiosos e pesquisadores do setor, a utilização do Ácido Glioxílico foi o divisor de águas na indústria cosmética mundial. Uma descoberta revolucionária, quiçá a mais importante em cosmético de transformação capilar dos últimos tempos. Haja vista o reconhecimento de autoridades do mercado, como a inglesa Shelley Dalton, Recruitment & TrainingThe Curl Care Project, quando escreve que a resposta para o problema de mudar a forma do cabelo e manter sem quebrar, que foi obtido através de tratamentos livres de formaldeído da INOAR “que alisam e definem a estrutura de cabelos crespos” (Revista Black Beauty, abril/maio 2015, pp 128, 129)

Atravessamos continentes. Hoje, a INOAR está presente na Europa, Américas, Oriente Médio, África do Sul e Ásia. Daí a grande expectativa de também oferecer ao mercado brasileiro a escova progressiva à base Ácido Glioxílico, com o reconhecimento pela ANVISA da “função alisante capilar.”

O que escrevi aqui é uma pincelada da verdade que envolve todo o processo de desenvolvimento do produto e o consequente registro de patentes.  Continuarei contando essa história porque a aplicação do Ácido Glioxílico na função Alisante Capilar é parte da história da INOAR. E, por falar em verdade, resgato o filósofo alemão Schopenhauer (1788-1860). Ele dizia que “Toda verdade passa por três estágios. No primeiro, ela é ridicularizada. No segundo, ela é rejeitada com violência. E no terceiro, é aceita como evidente por si própria.”

Inocência Manoel – Fundadora da INOAR Cosméticos           

Tudo sobre o Ácido Glioxílico

A Inoar tira todas as suas dúvidas com relação ao produto, sua química, usos e resultados.

Hoje, mais de 800 produtos utilizam o ácido glioxílico em suas formulações, pois esta matéria-prima foi considerada extremamente segura para os fins a que se destina.

Porém a Inoar vem a público disponibilizar todas as pesquisas já realizadas em torno do ácido glioxílico, por renomados institutos e  profissionais. Tudo para seu conhecimento e sua segurança.

A Inoar foi primeira marca a fazer uso do ácido glioxílico para a redução de volume nos cabelos, além de exportar em larga escala para Estados Unidos e Europa, mercados reconhecidamente rígidos quanto ao controle de qualidade dos produtos que entram em circulação.

As pesquisas técnicas que vamos disponibilizar são embasadas por diversos estudos e com o aval de químicos reconhecidos, ligados a Universidades, além de institutos nacionais e internacionais autorizados pelos órgãos competentes.

Queremos que este espaço seja de compartilhamento de estudos, conhecimento e debate.